sábado, 24 de março de 2007

Calma é o que resta

Calma. Não estamos a beira da morte. Ainda nos resta algumas fileiras de zeros em nossos segundos. Felizmente podemos ouvir o que nos é dito em forma de música. Que sorte que temos! Que bom que podemos...
Felizmente podemos ver o que nos é dito em forma de paisagem. Todos os dias, ao por do sol. Pena que poucos ainda olham para cima. Tão focados em si... tão preocupados com tempo. E é esse mesmo tempo que escorre pelas mãos desses mesmos dias. Trabalho, trabalho, trabalho. E o sol se foi.
Ainda assim, podemos ler aquilo que nos é dito em forma de letras. Tantos livros são amigos mudos. Tantas frases se empenham em substituir o abraço de nossas mães. E mesmo assim, tanta ignorância nos agarra. Mediocridade é pra sempre um demônio disfarçado.
Calma, calma. Ainda temos tempo. Tempo de amadurecer. Tempo de apreciar. Tempo até de nos questionar. E uma questão que me lembro agora é essencial, inquietante e amarga. Essa questão foi levantada por um amigo meu – mudo, por sinal. Ele dizia que cada estação da vida é uma edição, que corrige a anterior, e que será corrigida também, até a edição definitiva, que o editor dá de graça aos vermes.
Inevitável é agora o questionamento: por que acumular tanta bagagem, se no fim, o trem sempre descarrila?

Um comentário:

Tiago Oliver disse...

Hey, vo procurar uma musica bacana,

talvez she's maddona
eaheiuaheiah
Lovelight...
Me and my Monkey
heiauhe
não sei ainda, to pensando
AHaHA

flws