segunda-feira, 3 de novembro de 2008

sem dizer adeus

Deitado, ali no fundo daquele lugar que durante os seus últimos anos foi sua prisão. Imóvel, com sua cabeça baixa, ele deixou pra trás o mundo e quem ele mais amava. Um dia, eles desapareceram - o que para eles seria apenas um curto tempo, um bom ano - para ele, seria o adeus definitivo. Nunca mais, pelo resto da sua vida ele veria o rosto da sua família. Nunca mais, saberia o que é ter alguém que ama. Ele morreu sem poder tocar de novo aquele que um dia o salvou. Deitado, ali no fundo daquele lugar que durante a solidão lhe foi um câncer. Aquele lugar que aos poucos o foi corroendo e tirando a sua vida. Saudade, solidão, carência... doença. Ele deixou pra trás o mundo que nunca lhe foi muito grato e àqueles que o receberam tão bem e depois, o deixaram tão rápido. O que seria apenas uma vigem, se tornou seu adeus. E ele não sabia disso.
Vai com Deus, pepê. =(