Para longe. Lentamente, sempre em direção ao sol, a ave se distancia de sua terra natal.
O som dos pássaros ecoa cada vez mais baixo e assim continuadamente até se tornar mais uma lembrança.
O sol, vagarosamente se põe ao som das nuvens que dançam lá no céu. E ao som dos rios que refletem a luz dourada das águas dos rios que passam lá em baixo. O ar agora bate levemente nas plumas da ave. As plumas não sabem voar, por isso planam. Pouco a pouco a ave descobre novas paisagens: são montanhas verdes com ares de verão. O que verão os olhos atentos que olham para o novo mundo? Copas de árvores, animais, águas e o mar. Ah o mar... a imensidão azul do mar. Agora o mundo é o mesmo para sempre. São águas contínuas descontinuadas. Ondas de lembranças em meio a mais águas.