sábado, 31 de março de 2007

Aquela velha história

O homem que diz "dou" não dá
Porque quem dá mesmo não diz
O homem que diz "vou" não vai
Porque quando foi já não quis
O homem que diz "sou" não é
Porque quem é mesmo é "não sou"
O homem que diz "estou" não está
Porque ninguém está quando quer...

Humildade talvez seja um indispensável estado de minerva, mas para atingi-la é preciso paciência. Esta sim, é trabalhada dia-a-dia e lapidada a fim de descartar o excesso e contemplar o mais importante: o espírito de colaboração. Creio que só assim, nos elevamos e nos tornamos aptos a perceber de forma justa que somos, enfim, humildes.

quarta-feira, 28 de março de 2007

Metas, metas, metas

Algumas metas para o ano. As que têm um "ok" é que eu já cumpri!

Trocar de celular (ok)
Comprar uma impressora ( )
Cortar o cabelo de forma estranha ( )
Colocar alargador ( )
Fazer algum programa decente no carnaval (ok)
Planejar os trabalhos da faculdade e não entregar em cima da hora (ok, em termos)
Ler mais livros que o ano passado ( )
Ser mais paciente (ok)
Fazer ficha numa locadora perto de casa ( )
Ser mais desencanado (ok)
Ter um blog (ok)
Fazer metas impossíveis (ok)
Durmir mais cedo ( )
Acordar mais cedo ( )


é, acho que preciso me empenhar mais!

segunda-feira, 26 de março de 2007

Um Bom Dia!

hum... hoje foi um dia bom..
Um desses dias de calmaria que gosto de lembrar quando quero sentir saudades de alguma época já distante. Sim, quando quero sentir saudade. Sinto essa estranha necessidade de perceber a falta que algo ou alguém me faz. Uma espécie de sadismo nostáugico. Estranho!
Enfim, voltando ao meu dia: foi calmo, com pequenas pitadas de novidades (uma banda nova que descobri! Me alegrou bastante, falou a minha lingua. É uma banda francesa muito interessante. Mais pra frente conto a vocês! Vocês? hum.. polêmico.) Mais cedo, quando estava voltando pra casa, percebi que além do ceu, umas árvores na calçada estavam lindas. E, ao abrir o portão, senti um vento suave que sussurou no meu ouvido: já estamos no outono.
Já em casa, descobri um site novo de cinema, muito bom! Me entreti um tempo e fui tomar banho!
Depois do banho, tomei uma sopinha ótima que veio a calhar! - brigado =]
Uhmm... agora é colocar um pijaminha e brucutu na cama, como diria minha mãe!
Boa noite!
=]

sábado, 24 de março de 2007

Calma é o que resta

Calma. Não estamos a beira da morte. Ainda nos resta algumas fileiras de zeros em nossos segundos. Felizmente podemos ouvir o que nos é dito em forma de música. Que sorte que temos! Que bom que podemos...
Felizmente podemos ver o que nos é dito em forma de paisagem. Todos os dias, ao por do sol. Pena que poucos ainda olham para cima. Tão focados em si... tão preocupados com tempo. E é esse mesmo tempo que escorre pelas mãos desses mesmos dias. Trabalho, trabalho, trabalho. E o sol se foi.
Ainda assim, podemos ler aquilo que nos é dito em forma de letras. Tantos livros são amigos mudos. Tantas frases se empenham em substituir o abraço de nossas mães. E mesmo assim, tanta ignorância nos agarra. Mediocridade é pra sempre um demônio disfarçado.
Calma, calma. Ainda temos tempo. Tempo de amadurecer. Tempo de apreciar. Tempo até de nos questionar. E uma questão que me lembro agora é essencial, inquietante e amarga. Essa questão foi levantada por um amigo meu – mudo, por sinal. Ele dizia que cada estação da vida é uma edição, que corrige a anterior, e que será corrigida também, até a edição definitiva, que o editor dá de graça aos vermes.
Inevitável é agora o questionamento: por que acumular tanta bagagem, se no fim, o trem sempre descarrila?

terça-feira, 20 de março de 2007

o.O

Eu achava que o curso de publicidade seria um curso super light, onde eu chegaria atrasado na aula e teria que assistir TV pra fazer trabalho!! Engano meu.
Esses últimos períodos estão cada vez pior, cruz credo! É trabalho que não acaba mais. E cada um mais complexo que o outro. Os professores não estão mais brincando mesmo!! E a consequência disso tudo são duas lindas olheiras em meu rosto.... =)
E viva a publicidade!

sábado, 17 de março de 2007

Poeta, poetinha

Poeta, poetinha vagabundo
Quem dera todo mundo
Fosse assim feito você
Que a vida não gosta de esperar
A vida é pra valer
A vida é pra levar
Vininha velho, saravá

Garçom

Me traga o whisky mais forte, o livro mais arrastado, a música mais melosa e cenário mais escuro.

Preciso fechar os olhos.

terça-feira, 13 de março de 2007

Legado ao Filho

Depois que tudo isso acabar, depois que todos se forem, depois que a última luz se apagar, eu sei que você vai estar lá, me esperando. E com o meu melhor sorriso, eu vou, enfim, te abraçar. Você vai poder falar me olhando nos olhos – ah, os seus olhos já me dizem tanto... A explicação é a mesma sobre o surgimento do mar e dos planetas. O que eu sinto é aquilo que sou certo que você sente por mim. Contrário ao que dizem que somos, meu filho. O que seremos, faz parte disso que já pensamos. Tanta coisa eu não sei a nosso respeito, tantas frases que dizem sem nenhum efeito...
Mas frase são fases. Exceto por uma. Como diria Vinicius, eu sei que vou te amar.

Por toda minha vida,

Seu pai.

segunda-feira, 12 de março de 2007

A Teoria da Solidão

A solidão é piegas. É igual pra todo mundo, é brega, esculachada e ridícula. Ela é contraditória, egoísta, oportunista e cínica. A solidão não te faz levantar o rosto e enxugar as lágrimas. Ah não. A solidão, essa sim, te faz fechar os olhos e te enxer de lástimas. A solidão, de tão só, vive da carência de todos, é parasita da existência dos outros. Que grande ironia, não é Solidão? Sem mim, você não vive, não passa de um pensamento em vão. Mas sabe o que é o mais estranho? A exata dependência da verbalização. Sem mim tu não vives, sem tu eu também não.

sábado, 10 de março de 2007

04am

Eu estava em casa, quando meu filhote Petkovick (meu dog) fugiu pra rua! Até aí, tudo bem.
Então, minha irmã, desesperada, foi correndo atrás pra buscá-lo. E eu, na varanda observando tudo. Estava tudo relativamente bem, até o momento em que eu perdi os dois de vista e ouvi um grito da minha irmã o.O
Eu me debrucei na varanda e vi que ela estava voltando pra casa correndo, assim como o meu cachorro! MASSS, no meio do caminho, o pet resolveu dar meia volta e correr novamente pra cima! Eis que eu ouço um assovio: Era o homem estranho!
O pet correu em direção ao homem estranho e minha irmã, chorando, gritou socorro!!
Desesperado eu desci as escadas de casa e, quando cheguei na rua, só pude ver minha irmã sendo empurrada pra dentro de um carro preto e nem sinal do meu cachorro!
Pra piorar, me virei, vi outro homem estranho entrando na minha garagem. Foi aí que eu gritei: Sai da minha casa! E parti pra cima dele pronto pra nocauteá-lo! Se não fosse um oooutro homem estranho que veio por trás de mim e me asfixiou, colocando um saco preto na minha cabeça o.O
Depois disso eu levei váááários chutes e socos e pisadas, sem nem ver o que estava acontecendo!
Foi quando eu acordei.
[04:05am, Belo Horizonte]
Mensagem no cel: Nana, ta td bem com vcs e o pet? Tive um pesadelo horrivel, nem consigo durmir mais!
[04:11am, Itajubá]
Mensagem no cel: Ta td bem sim pan! Todos dormindo e o petão acabou de me dar uma lambida =) Tenta mimi, bjs!
ufa..
te amo nana!

segunda-feira, 5 de março de 2007

Súplica ao sentimento


Ô saudade,

De tanto me apurrinhar,
está me gahando confiança
De tanto me atormentar,
está se tornando lembrança
De tanto me desorientar,
está me fazendo arrogância
De tanto me machucar,
está me fazendo criança
De tanto me torturar,
está me fazendo mudança
De tanto me afastar,
está se fazendo distância

Ô saudade,
muda a minha arrogância,
torne-me uma criança,
confia em mim a lembrança e
tire de vez a distância.

domingo, 4 de março de 2007

Por quem eu amo

Eu ando num estado latente de espera. Como se estivesse no silêncio do meu abrigo apenas esperando a primeira bomba explodir. E assim que ela explodir e essa guerra começar, vou lutar pelo meu principio, pelo meu meio e pelo meu fim. Vou lutar pelo outro e vou lutar por mim.
Mas esse estado latente de espera, me prende, me quieta, me faz borbulhar de ansiosidade, mas me obriga a me calar, por falta de contato, de oportunidade. Não me importo se tu és Judas, ou se você é Golias. Eu sou amigo do Homem, luto pelo Dono da paz. Sigo em frente, sem jaz. Piso em você se precisar, mas defendo o que é meu, eu sim, defendo a paz.

Amanhã será um dia tenso.

sábado, 3 de março de 2007

Será que valeu a pena?

Há tempos que percebi que gosto de pessoas. Altas ou baixas, gordas ou magras, cultas ou feias, lindas ou estressadas, enfim, pessoas. Elas me intrigam e me despertam uma curiosidade imensa.
Já reparou que um ser humano tem uma incrível capacidade de ser único e multi ao mesmo tempo? Também tem o dom de ser gênio e ignorante, em assuntos específicos. Como não poderia faltar, ele também pode ser divino e diabólico ao dizer uma mesma frase. Acho que só aí tenho motivos suficientes para admirá-los (ou admirarmos, como queira).
Quando somos mais novos, somos uma euforia-contida ambulante: podemos rir alto, contar dezenas de piadas sem graça, sair durante a semana, nos dar ao luxo de dormir a tarde inteira, chorar no telefone, escrever cartas de amor eterno, e bla bla bla...
Depois, passamos a ter responsabilidades e o espaço da tarde nos é arrancado. Assim como os telefonemas, as piadas também devem são controladas. Com a idade, nos acostumamos a falar sério, a brigar pelos nossos direitos e a obedecer à ordens. No final do mês passamos a controlar os gastos, a ficar cansados e a esperar ansiosamente a data em que respiramos o sopro aliviante do patrão que nos paga pelas horas dedicadas.
Com o tempo, dizemos que não temos tempo. As horas passam e, juntas, nos acumulam anos longe dos nossos velhos amigos. E depois, quando envelhecemos, gastamos os meses com lembranças tristes, presas num silêncio amargo que nos faz parar e nos faz duvidar de uma vida inteira arrastada em valores efêmeros. E é aí que vem a pergunta: será que valeu a pena?