sábado, 8 de setembro de 2007

Hoje cedo tomei um copo de limão puro

O gosto é amargo, forte. Mas como tudo que é aparentemente ruim, tem uma função benéfica: purificar o organismo.
Essa fruta é curiosa, quase um Judas.

Na árvore ela é linda, perfeita. A cada manhã ela reflete a luz do sol ao se encontrar com o homem. E com o tempo, a fruta se torna apta a ser mordida. Esse é o ponto máximo de confiança entre o homem e a fruta: ele acredita que ela é o que aparenta ser. Ela esconde sua essência amarga diante de uma casca agradável.
A mordida é profunda.
O homem experimenta da acidez da fruta, o amargo de sua essência, sua falsidade. O suco escorre pela sua garganta azedando toda e qualquer esperança de verdade nessa troca. Algumas aftas brotam na sua boca, ao mesmo tempo em que ele decide se livrar do cinismo da fruta podre. A fruta é arremessada. Agora, o que resta ao homem é aguardar o efeito repugnante do líquido desaparecer e esperar pelo único benefício que ela lhe trouxe: a purificação.

Um comentário:

.:.: Ellen Azevedo :.:. disse...

eita relaxa... tinha copiado tantos textos da net q no final nem sabia qual texto era de onde...